21 de fevereiro de 2011

O desafio do autoconhecimento



Viver na contemporaneidade e estar pontualmente à frente dos cargos gerenciais das empresas, construir relações amorosas e de crescimento, investir no autoconhecimento, ter uma postura socialmente responsável, enfim, ter atitudes e hábitos sadios é o grande desafio que nos confronta. A dificuldade não está na pressa, menos ainda na velocidade e no excesso das informações que nos acossam, tão pouco na liquidez das relações, mas, sim, na falta da capacidade do homem de refletir sobre sua história, suas emoções, reações, defesas e habilidades, de investir e desenvolver sua inteligência emocional.
Será que lembramos com clareza o que sentimos quando deparamos com a última guerra velada de vaidades de que fomos vítimas? Somos capazes de detalhar qual o momento em que ficamos mais felizes nos dois últimos meses? Por que realmente doeu a mentira que escutei, o fora que levei? Quando me reconstruí, será que efetivamente fui capaz de reconhecer meu valor, o momento crucial em que aproveitei a crise para crescer, dar “aquele salto quântico”, ou exigi de mim o que não consegui dar?
É, a psicologia veio para ficar, cada vez mais contribuindo com o desenvolvimento pessoal, facilitando a clareza e a honestidade das relações e dando a pessoas antes marginalizadas a possibilidade de hoje estarem inseridas nos diferentes contextos sociais. Logo, se soubermos usar todos os recursos que a psicologia propicia, será possível ao indivíduo reconhecer o quanto aquela atitude renitente, caracterizando obstáculos que não conseguimos remover, tem significado e resulta na produção de sofrimento.
Respeitar a si, respeitar ao outro, é como simbolizar o infinito. Implica um processo contínuo de escuta, trocas e conexões, em que a verdade não está em mim, em ti, mas nas possibilidades de nossas interações.
Quando nos posicionamos de forma sincera e honesta, evidenciamos nosso autorrespeito e respeito por nosso semelhante. Investindo na capacidade do diálogo, abordando temas divergentes, polêmicos, caminhamos para um futuro de promessas e possibilidades oferecidas por valores que hoje permeiam os processos individuais, relacionais, coletivos e que se encontram no topo da escala axiológica de valores.  

ELIZABETH MENDES RIBEIRO DA ROCHA 
 * Psicóloga especializada em qualidade de vida     
Texto da Zero Hora, 19 de fevereiro de 2010.
                                                                                      
         


Nenhum comentário:

Postar um comentário